sexta-feira, 31 de maio de 2019

Novo dinossauro com asas de morcego!!


Liaoning, China(em vermelho).
 Nesse mesmo ano de 2019, um novo dinossauro da família dos Scansoriopterygideos foi descoberto em Liaoning, na China e foi nomeado de Ambopteryx longibrachium, que significa: "duas asas em braços longos". Esse pequeno dinossauro possuía uma característica que apenas um outro dinossauro conhecido tinha uma asa membranosa, como a dos morcegos e pterossauros. Min Wang, um pesquisador da Academia de Ciências da China, disse que o achado" muda completamente a nossa ideia da evolução dos dinossauros. Nós imaginávamos que eles tinham asas com penas, mas essa descoberta altera como intendíamos a origem da capacidade de voo". Ao possuir essas asas estranhas vários estudiosos dizem que pode ter havido algum tipo de evolução convergente nesses dinossauros, fazendo com que essa característica, que tinha se iniciado nos ancestrais de pterossauros, tinham sido "exclusivas" dos pterossauros e tivesse se perdido na evolução dos dinossauros. Assim como se vê na imagem abaixo, os principais animais com asas membranosas são praticamente apenas alguns mamíferos como os morcegos e, como visto na imagem, os esquilos-voadores(na imagem se vê uma especie japonesa), e os pterossauros. A imagem mostra uma asa de uma ave atual, e podemos ver algumas diferenças importantes, como o tamanho e formato dos dedos por exemplo. (A imagem mostra a asa do Yi qi, mas também se aplica a asa do Ambopteryx)

a,b e cYi qi; d- Morcego; e- Ave; f- Pterossauro; g- Esquilo-voador-japonês

  Tanto o Ambopteryx longibrachium quanto o Yi qi possuem um osso que se sobressai do punho, chamado de elemento estiliforme, (na imagem acima o osso de cor amarela) que servia como uma haste para a membrana que cobria e formava a asa dessas duas especies de dinossauros bizarros. Não se sabe com certeza como era a posição desse osso, a imagem mostra três prováveis posições desse osso, com a que retrata o osso da forma mais comum de representar com ele esticando a membrana de pele, e b que nos mostra uma totalmente distinta da anterior com esse osso mais curvado para traz e não para baixo e por ultimo c que é uma representação um pouco similar a primeira exceto pela ausência 
de parte da membrana que se juntaria com o resto corpo, algo muito incomum de ver em qualquer representação paleoartistica dessa especie, e da de Yi qi.


 Na imagem acima pode-se observar o fóssil desse animal com um desenho que representaria o esqueleto dele, e algumas imagens de microscópio.


 assim como a maioria dos maniraptores pequenos, sua alimentação era de pequenos animais principalmente insetos.


 Na imagem acima compara o Yi qi e o Ambopteryx longibrachium e pode se observar que o Yi é maior que o Ambopteryx e seu elemento estiliforme é do tamanho do seu dedo mais largo e no Ambopteryx é do tamanho do segundo dedo da mão. Se observar com atenção vera que Ambopteryx possui uma ulna muito mais grossa que o radio, a escapula se "afina" no meio, sua fibola é consideravelmente mais curta e, em comparação a de Yi qi, apresenta o primeiro pigóstilo avançado no grupo, que é uma estrutura que alguns dinossauros apresentam que consta da fusão das ultimas vértebras caudais para suportar penas principalmente ornamentais. O pigóstilo só havia em um outro Scansoriopterygideo, o Epidexipteryx hui que sustentava quatro largas penas com, provavelmente, função de exibição, como as penas de um Pavão:


 Abaixo há um desenho do esqueleto de um Ambopteryx longibrachium com uma faixa preta que corresponde a 10 cm:


quinta-feira, 16 de maio de 2019

Classificação dos seres vivos


Carl Von Linné(1707-1778)
 Na biologia há uma área chamada Sistemática filogenética ou cladística, que busca classificar os seres vivos. A unidade da classificação biológica das espécies é, obviamente, a espécie, conjunto de organismos semelhantes entre si e que difere de outro por uma serie de características anatômicas, fisiológicas, comportamentais e até moleculares entre outras. As especies próximas evolutivamente são agrupadas em gênero (ou epíteto genérico), os gêneros em Família (termos terminados em idae, exemplo: tyrannosauridae), as famílias em ordens (termos terminados em ia, exemplo: Dinosauria), as ordens em classes, as classes em filos (ou também chamadas de divisões em botânica) e os filos em reinos. Assim, o reino é a categoria de classificação mais ampla, baseada em critérios mais abrangentes. Esses níveis hierárquicos de classificação procuram refletir as relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos.

 Existem regras internacionais que estabelecem a maneira como algumas dessas categorias taxonômicas devem ser escritas. Vou comentar apenas as regras que se referem à especie.

nomenclatura cientifica


 O nome da especie é constituído de duas partes sendo por isso binomial. A proposta da nomenclatura binomial partiu do sueco Carl Von Linné(1707-1778), ou como alguns chamam Carolus, ou Carlos, Lineu, e é ate hoje a forma adotada.

 O primeiro nome corresponde ao gênero (ou epíteto genérico) e ele é escrito com apenas a letra inicial maiúscula (Acinonyx, gênero do Guepardo). O segundo é conhecido por epíteto (termo) específico e forma, junto ao gênero, o nome da especie. O epíteto específico não é usado sozinho e é escrito todo com letra minuscula (jubatus, epíteto especifico de uma especie de Guepardo). Abaixo deixo um esquema sobre isso:



 No caso do Alossauro (mencionaremos apenas duas espécies de Alossauros), por exemplo, o nome da primeira espécie é Allosaurus fragilis, o mais conhecido e representado dos Allosaurus. O nome científico é escrito normalmente em latim, é binominal, e com letras que normalmente são escritas em Itálico ou grifado (ou são basicamente destacadas no texto).

 Então, se Allosaurus fragilis é o nome da espécie, o gênero é Allosaurus.

 O gênero Allosaurus contém algumas outras espécies, como o Allosaurus maximus? (ou Saurophaganax maximus?), cujo a espécie ainda está em discussão se pertence ao gênero Allosaurus ou não. 

Allosaurus fragilis A. maximus

 O nome científico de uma espécie, portanto, é composto pela junção de gênero e epíteto (ou termo)específico. Assim, por exemplo, o nome cientifico da espécie mais conhecida de Velociraptor é Velociraptor mongoliensis:

Velociraptor mongoliensis

 Isso significa que o ele pertence ao gênero Velociraptor e à especie Velociraptor mongoliensis. Não é correto afirmar que mongoliensis é a espécie porque essa não é a regra,além disso, neste exemplo haveria ainda uma outra complicação: mongoliensis é o epíteto específico de um mamífero pré-histórico carnívoro, cujo nome cientifico é Andrewsarchus mongoliensis, o qual está na gravura abaixo:


Andrewsarchus mongoliensis

 Então se disséssemos que mongoliensis é  espécie estaríamos afirmando que o Velociraptor, que é um dinossauro com penas, e o Andrewsarchos, que é um mamífero mais aparentado com as baleias e hipopótamos, são da mesma espécie, algo queobviamente está incorreto.

  Como outro exemplo de animais de mesmo epíteto específico, temos um Pteranodon e o peixe-tigre. Ambos são longiceps: Pteranodon longiceps (um tipo de pterossauro) e 
Rhamphochromis longiceps (um pequeno peixe). Aqui a diferença é muito mais nítida, onde podemo ver que um peixe não é tão aparentado de um réptil voador.

Pteranodon longiceps

Rhamphochromis longiceps

 Então a espécie é a junção do gênero e do epíteto específico, e também esses nomes normalmente é escrito de forma binomial (duas palavras), como na maioria dos casos, como no Koala, que é Phascolarctos cinereus:


 Mas há alguns nomes que tem mais de duas palavras, essas são classificadas como subespécies, como no caso do Tigre-de-Bengala que é Panthera tigris tigris, onde Panthera é o gênero, tigris específica que é um tigre e o outro tigris que específica ainda mais, e esse último se refere a subespécie.


 Para ajudar a entender, pense em seu nome completo, no meu caso Richard Walace de Matos Juvino. Imagine-se em um lugar e você espera ser chamado. Se chamarem você com seu primeiro nome apenas, Richard, você pode não saber se é você ou outro com o mesmo nome, se chama-lo pelo primeiro e segundo nome, Richard Walace, será mais específico e é mais provável que seja você, entretanto ainda pode haver alguém com o mesmo sobrenome, então chama você com nome completo, Richard Walace de Matos Juvino, então você fica mais seguro que se trata de você. Assim, o epíteto específico faz com que um cientista saiba qual a espécie ou subespécie.

 Em posteriores postagens abordarei mais informações sobre os Reinos.

Abaixo estão alguns vídeos sobre esses e outros assuntos:





sexta-feira, 3 de maio de 2019

Jurassic Park: Operation Chaos Effect

Obs.: Esta história não pertence ao canon fílmico. Os acontecimentos vistos fazem parte de um universo paralelo em que os incidentes de Jurassic Park 3 e dos filmes seguintes (Jurassic World 1, 2 e 3) nunca ocorreram.


 Tudo começou com uma linha de brinquedos fabricada por Kener, em junho de 1998, também foi planejado produzir uma série de TV animada baseada nessa linha de brinquedos, mas foi cancelada. Este acontecimento tem ligação direta com o segundo filme da franquia e ocorreu depois do incidente de San Diego e do bombardeio de Napalm em Sorna, o qual foi mandado pelo governo da Costa Rica e a ONU, e assim exterminou supostamente todos os dinossauros dessa ilha. Mas InGen, que estava em um estado financeiro não muito bom voltaram a Sorna numa excursão, que estava liderada por Holand Tembo, por seu conhecimento sobre o terreno e instalações da ilha, e foram começando a recriar novamente dinossauros em laboratórios reconstruídos de forma secreta, e ilegal. Em um ato de desespero para recrear estas criaturas, alguns trabalhadores de InGen acidentalmente misturaram o DNA de vários dinossauros e animais atuais, criando assim um híbrido, esse incidente foi chamado de Operation Chaos Effect. Após terem feito por acidente esse "híbrido", surgiu a ideia de criar criaturas modificadas para serem usadas como armas biológicas. Foram criados muitos híbridos alguns mais letais que outros. Alguns dos híbridos criados foram:

-Amargospinus

União genética: Spinosaurus e Amargasaurus.



 Esse foi o maior carnívoro criado por InGen, ele possuía o grande tamanho de um saurópode e a imensa força e ferocidade do Spinosaurus. Além disso, tinha garras poderosas nas patas frontais e um cranio similar ao dos crocodilos cheio de dentes afiados. Foram criados dois exemplares nas instalações, um já era adulto e um ainda era jovem. Esse animal se mostrou ser muito agressivo e perigoso.




Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



-Ankyloranodon

União genética: Ankylosaurus e Pteranodon.



 Esse foi um dos híbridos mais "dóceis" e fáceis de "controlar", pois apenas matava quando tinha fome. Esse animal junta a habilidade de voar, que era proveniente do Pteranodon, com uma couraça muito resistente e uma clava no final da cauda, proveniente do Ankylosaurus, que usava para atacar.    


 Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:




-Dilophospinus

União genética: Dilophosaurus e Spinosaurus.



 Esse foi um dos híbridos mais fáceis de "controlar", porque usavam tecnologia avançada para faze-lo. Tinha as distintivas duas cristas do Dilophosaurus, assim como sua gola, e seu veneno que era corrosivo e não paralisante como o que vimos nos filmes. Também possui características do Spinosaurus como uma "vela dorsal". Mas, assim como o Dilophosaurus, seu tamanho é pequeno. Eles eram usados muitas vezes para ajudar a capturar híbridos que fugiam.                         



 Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura (concept art):


-Tanaconda

União genética: Sucuri, ou Anaconda (Eunectes murinus), e Tanystropheus.



 Esse foi um dos híbridos mais bizarros feitos, porque era como uma serpente com um pequeno corpo. Foi feito com a finalidade de ser um predador silencioso e letal. Possuía uma força de aperto muito potente, por conta de seu método de caça que era agarrar a vitima com o pescoço e esmaga-la e injetando veneno potente (Algo confuso, pois a Sucuri, ou Anaconda, não possui veneno).



Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



-Compstegnathus

União genética: Compsognathus, Stegosaurus e Rã Arborícula Africana .



 Esse híbrido foi um dos mais perigosos, porque podia matar rapidamente e cruelmente. Tanto era sua agressividade que foi responsável por muitas mortes de trabalhadores. Possuía uma linguá longa e grudenta que usava para pegar suas presas, características que provêm da rã africana, placas ósseas e espigões na ponta da cauda, provenientes do Stegosaurus, e um pequeno tamanho e muita agilidade, proveniente do Compsognathus, e isso o fazia um predador letal, tanto que você dificilmente escaparia de um ataque de um desses.



Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



-Deinonycanis

União genética: Deinonychus e Canis lupus dirus (um lobo pré-histórico conhecido como Dire wolf, ou Lobo-terrível, o qual foi extinto a uns 7000 anos).



 Esse híbrido foi criado com a intenção de ser uma criatura que seguisse ordens de humanos, como faz um cão de caça, mas, como seria de se esperar, não deu muito certo. Tinha uma postura semi-quadrúpede e caninos mortais, proveniente do lobo, e pele escamosa, garras e a ferocidade do Deinonychus. Foram criados sete indivíduos.



 Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



-Stegospinus

 União genética: Stegosaurus e Spinosaurus.


 Esse foi uma criatura terrivelmente perigosa que, de acordo com alguns relatos, pode dilacerar uma pessoa rapidamente com suas garras. Seu aspecto é maioritariamente similar ao de um Stegosaurus, e algumas partes como as patas, mandibulas e agressividade derivam do Spinosaurus. Era um herbívoro muito agressivo e veloz para seu tamanho, podendo alcançar até 20 Km/h.



 Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



-Paradeinonychus

União genética: Parasaurolophus e Deinonychus.


 Esta criatura é uma das mais letais criadas, podiam ate mesmo atacar um submarino e destrói-lo rapidamente. Eram semi-aquáticos, podendo nadar muito bem e ficar em baixo d'água por largos períodos de tempo, característica derivada do Parasaurolophus (que naquela época se pensava que eram semi-aquáticos). Eram tão perigosos que tiveram que erradicar a maioria deles com submarinos. Jamais renunciavam nenhuma presa.




 Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:


-Tyrannops

União genética: Lycaennops e Tyrannosaurus.



 Era perigoso e agressivo, possuía dos largos caninos que complementavam seu forte corpo, sendo um dos híbridos menos instáveis criados por InGen. Sua mandibula era muito potente, característica derivada do T-rex.



 Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



-Velocirapteryx

União genética: Velociraptor e Archaeopteryx.


 Assim como no caso do Compstegnathus, foi feito para ser um predador ágil, velocidade e ferocidade. Entretanto, possuía garras afiadas de um raptor e a capacidade de voar, sendo esse um dos híbridos mais perigosos e ferozes. Sabe-se que caçam em grupo, e gostam de matar por esporte, e por essa razão estão em extrema vigilância.



 Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



-Pachysaurolophus

União genética: Pachycephalosaurus e Parasaurolophus.



 Este foi o primeiro híbrido criado a partir de dois dinossauros herbívoros, e foi um dos poucos que puderam ser controlados. Esse animal possuía uma forte crista que terminava em uma borda afiada capas de provocar feridas muito profundas. Devido a sua fácil manipulação esse animal foi submetido a varias provas de campo.


 Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



-Ultimasaurus

União genética: TyrannosaurusAnkylosaurusVelociraptor e Stegosaurus.



 Esse animal foi criado com o proposito de ser o predador definitivo. Possuía placas ósseas e chifres, que provem do Triceratops, misturados com as fortes mandibulas de um Tyrannosaurus rex, placa óssea nas costas, derivadas do Ankylosaurus, que o deixava mais protegido, e uma cauda com largos espigões, provenidos do Stegosaurus e garras mortais, que provem do Velociraptor. Infelizmente era uma criatura muito pouco instável e poderosa e, consequentemente era muito difícil deixa-lo contido.



Abaixo se vê o brinquedo dessa criatura:



 Devido a falta de instabilidade de seus animais, InGen não criou apenas esses dinossauros híbridos, mas também melhorou o DNA de dinossauros, como o Tyrannosaurus rex. Se quiser saber sobre esta outra parte da historia fique atento as postagens futuras.