O Tyrannosaurus é o dinossauro mais famoso por
conta de seu tamanho e ferocidade. Sua fama cresceu durante os anos, e Jurassic
Park foi de grande ajuda para isso, assim como vimos no post que fiz desse animal do universo Jurassic Park/World. Ele ficou tão popular que em quase todos os logos de Jurassic Park e World tem ele como protagonista:
O T. rex é um dos dinossauros mais estudados e
conhecidos pelos cientistas, e por conta disso sabe-se muito sobre ele.
Localização e paleoecologia
Representação dos países onde esse animal viveu em laranja e os que ele provavelmente viveu em amarelo. |
Esse grande predador viveu onde hoje é a América
do Norte, principalmente ao oeste Americano, desde o norte do Canadá ao sul dos EUA, e provavelmente no norte do México.
Viveu no Cretáceo tardio, ou superior, entre 68 e 66 milhões de anos, no Maastrichtiano. Nessa época a América do Norte era um ambiente com um clima
mais tropical e com muitas florestas e com planícies aluviais.
Um Tyrannosaurus descansando numa floresta do final do Cretáceo. Arte de Max B. |
Viveu em um ecossistema bem diverso de dinossauros onde hoje é a Formação Hell Creek, convivendo assim junto à vários outros dinossauros como o esquisito e banguela oviraptorossauro Anzu, o perigoso e astuto dromaeosaurídeo Dromaeosaurus, o inteligente troodontídeo Troodon, o ceratopsiano com chifres Triceratops, o ornitópode bico-de-pato Edmontosaurus, o pequeno mamifero Didelphodon, o crocodilo Borealosuchus, o veloz ornithomimídeo Ornithomimus, o thyreophoro de armadura Ankylosaurus, o pachycephalosaurídeo cabeçudo Pachycephalosaurus, entre outros, e o T. rex estava no topo da cadeia alimentar dessa região.
Cadeia alimentar, no caso em forma de pirâmide, da formação Hell Creek. Está imagem foi produzida por mim. |
À uns 65 milhões de anos o planeta era mais ou menos assim:
Mapa do planeta há 66 milhões de anos. |
Nomenclatura
CINZ (Código Internacional de Nomenclatura Zoologica) |
O nome do gênero, Tyrannosaurus, significa:
"lagarto tirano", e vem da junção do latim Tyrannus, que
significa tirano, e Saurus, que significa lagarto. O epíteto especifico,
rex, significa, em latim: "rei", então o nome da espécie
significa: "lagarto tirano rei" ou "rei lagarto
tirano". Tyrannosaurus rex não
foi o único nome que esse animal teve alguns dos primeiros nomes dados a esse
animal foram Manospondylus gigas, em 1874 por Edward Drinker Cope, e Dynamosaurus
imperiosus, em 1900 por Barnun Brown, mas desde inícios dos anos 1900 são
considerados como sinônimos de Tyrannosaurus rex (no próximo tópico será
abordado mais este assunto).
Restos associados a Manospondylus gigas. |
Restos associados a Dynamosaurus imperiosus. |
Outros restos de terópodes que foram
encontrados na mesma região do T. rex continuam sendo propostos como
novas espécies de Tyrannosaurus, como é o caso do Aublysodon e o Albertosaurus
medagracilis, mas esses restos fosseis são considerados como exemplares jovens
de T. rex, assim como acontece com o Nanotyrannus. Ainda continua
o debate sobre a classificação do Nanotyrannus lancensis como um T.
rex, pois alguns cientistas apontam pequenas diferenças entre os dois
seres, defendendo que o Nanotyrannus deva ser classificado como uma espécie
distinta, mas a comunidade cientifica atualmente considera que as evidencias disponíveis
ate agora não são suficientes para um total consenso.
Várias espécies propostas como novas já
apareceram, todas elas consideradas invalidas e a única considerada valida é Tyrannosaurus
rex, abaixo lhes deixo uma lista com estas espécies:
T. amplus (Marsh, 1892), que foi
originalmente chamada de Aublysodon, hoje parte da família do Aublysodon
amplus.
T. imperiosus (Osborn, 1905),
originalmente Dynamosaurus, hoje aceito como um espécime de T. rex.
T. lancensis (Gilmore, 1946),
originalmente considerado como um , hoje aceito como um
possível T. rex, o Nanotyrannus.
T. bataar (Maleev, 1955),
antigamente considerado uma possível espécie independente do T. rex asiático,
agora conhecido como Tarbosaurus bataar.
T. efremovi (Maleev, 1955), hoje
também aceita como possível T. bataar.
T. lancinator (Maleev, 1955),
classificado originalmente como Gorgosaurus, hoje também aceito como um
possível T. bataar.
T. novojilovi (Maleev, 1955),
originalmente Gorgosaurus, hoje visto como um possível T. bataar.
T. torosus (D. A. Russell, 1970),
hoje considerado como Daspletosaurus.
T. lanpingensis (Yeh, 1975), hoje também
aceito como um possível T. bataar.
T. turpanensis (Zhai, Zheng & Tong,
1978), hoje visto como um possível T. bataar.
T. luanchuanensis (Dong, 1979), hoje
aceito como Tarbosaurus luanchuanensis.
T. megagracilis (Paul, 1988),
originalmente Albertosaurus, hoje visto como um possível T. rex.
T. gigantus (1990), hoje aceita como
um espécime de T. rex.
T. stanwinstonorum (Pickering, 1995), hoje
aceito como um espécime de T. rex.
Descoberta
Quase todos os fosseis de T. rex foram
achados na América do norte. O primeiro achado referente a esta espécie ocorreu
em 1874, quando foram achados dentes que posteriormente descobriu-se que eram
de um exemplar adulto de T. rex. E em 1890, o pesquisador J. B. Hatcher
coletou pedaços do crânio de um Tyrannosaurus adulto em Wyoming, EUA,
mas pensou inicialmente que pertenciam a um Ornithomimus. Já em 1892, o
famoso paleontólogo Edward Drinker Cope encontrou uma vertebra incompleta de
uma espécie ate então não documentada, chamando-a de Manospondylus gigas.
Barnum Brown, funcionário do Museu Americano de Historia Natural e excêntrico
cientista, encontrou diferentes partes de um Tyrannosaurus em 1900 também em
Wyoming. Pensando que era uma nova espécie, Brown o nomeou de Dynamosaurus
imperiosus.
Retrato de Barnum Brown. |
Como passar do tempo, as evidencias mostraram
que as duas espécies novas encontradas anteriormente, Manospondylus gigas
e Dynamosaurus imperiosus, eram na verdade o mesmo animal, isso segundo
a teoria de Henry Fairfield Osborn, ou apenas Osborn, que em 1915 remontou o
primeiro fóssil do animal que chamou de Tyrannosaurus rex, exibindo-o ao
publico em 1917, entretanto devido às más condições que estava o fóssil do
Manospondylus, não houve como provar totalmente que eles pertenciam à mesma espécie.
Osborn também havia criado o nome Tyrannosaurus rex para denominar um novo fóssil
que tinha descoberto em suas escavações, e ao exibir para o publico, as
semelhanças entre seu fóssil e os outros dois anteriores, provou sua teoria de
que esses três pertenciam à mesma espécie, e o nome Tyrannosaurus foi adotado
para referir-se a única espécie deste gênero, assim seguindo a proposta de
Osborn.
Retrato de Henry Fairfield Osborn. |
Com relação à nomenclatura dessa espécie
voltou a ser debatidas décadas depois, quando em 2001 o Instituto Black Hills
desentranhou vários ossos diferentes no território do estado americano de
Dakota do Sul, e os pesquisadores originalmente pensaram que eram dois espécimes
diferentes, e publicaram que uma delas tinha as características do Manospondylus
de Cope e que isso poderia ser uma prova de que essa era uma nova espécie
independente do Tyrannosaurus. Entretanto, estudos posteriores
pertenciam a um animal, mas mesmo com isso o debate sobre a nomenclatura
oficial prosseguiu, pois os funcionários do Black Hills insistiam que de acordo
com as regras do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN), o termo
Manospondylus deveria ter preferencia por ter sido criado antes, mas após a
quarta conferencia da ICZN, que foi realizada em 1 de Janeiro de 2001, foi
decidido que não deveria haver alteração alguma na nomenclatura, pois
Manospondylus não tinha sido usado em nenhum tipo de trabalho ou pesquisa posterior a 1899, e por isso o
termo Tyrannosaurus continuou sendo a designação da espécie, sendo também
recusado as propostas dos nomes Stygivenator e Dinotyrannus como nomes não
oficiais.
Crânio associado ao Nanotyrannus lancensis. |
Entre 1920 e 1940, dezenas de esqueletos de T.
rex foram descobertos e remontados, e em 1942, no estado americano de Montana,
foram descobertos restos de um animal chamado de Nanotyrannus lancensis,
envolto de um longo debate sobre sua espécie, pois enquanto alguns
pesquisadores afirmam que este animal é uma nova espécie de tyrannosaurídeo, a
maioria da comunidade cientifica afirma que, por conta dos poucos fosseis desse
animal, ele deve ter sido apenas um jovem T. rex, em vez de uma nova espécie.
Após esta fase fértil de descobertas, os
fósseis de Tyrannosaurus tornaram-se raros, mas após o surgimento de
técnicas de escavações mais eficientes muitos outros esqueletos foram
encontrados e remontados. O primeiro T. rex reconstruído após 1980 foi
BHI 3033, e foi apelidado de "Stan" como uma referencia a paleontólogo
Stan Sacrison. Esse fóssil foi encontrado próximo à cidade americana de
Buffalo, que fica em Dakota do Sul, depois de quase três anos e meio de
escavação em 1987. Esse Rex está atualmente em exibição no Museu Black Hills de
Historia Natural, colocado apos uma grande turnê mundial, sendo que apenas
cerca de 65% do corpo tenha sido achado.
Esqueleto de Stan no Museu Black Hills de Historia Natural. |
Em 12 de agosto de 1990, Sue Hendrickson
descobriu um novo fóssil na cidade de Faith, na mesma região onde Stan foi
achado, na Dakota do Sul. Esse novo animal foi apelidado de "Sue"
(seu código cientifico é FMNH PR2081) em homenagem a pessoa quem a descobriu,
sendo considerada o maior fóssil de T. rex encontrado e remontado ate
hoje, com mais de 90% do corpo recuperado. Este novo fóssil acabou se tornando
alvo de uma batalha sobre quem realmente era o "dono" do fóssil, e os
tribunais decidiram a favor de Maurice Williams, o dono da Formação Hell Creek,
local onde foram encontrados os fosseis foram descobertos. Posteriormente, Williams
vendeu o fóssil por $7.600,00 dólares para o Museu Field de Historia Natural,
onde está exibida atualmente. Estudos dos ossos de Sue indicam que ela atingiu
seu maior tamanho aos 19 anos de idade e acabou morrendo aos 28 anos.
Alguns creem que Sue tinha morrido devido a
uma mordida na parte superior da cabeça, que provavelmente ocorreu numa batalha
com outro de sua espécie, no entanto, esta hipótese não é confirmada.
Posteriormente surgiu a hipótese de que Sue morreu em decorrer de uma infecção
parasitaria que contraiu após a ingestão de carne podre, inflamando assim a
garganta e impossibilitando-a de alimentar-se. Essa hipótese é sustentada elos
traços de vermes fossilizados encontrados nos ossos do pescoço, mesmos traços
de animais que morrem devido à infecção atualmente.
Em 2000, o famoso pesquisador Jack Horner
encontrou 5 fósseis de Tyrannosaurus na Reserva Fort Peck, em Montana,
foi apelidado de "C. rex", e Horner acreditou que era o maior Rex e
que poderia ser maior ate do que o fóssil Sue, mas descobriu-se que o C. rex
era uns 10% menor que Sue. Em 2001, 50% dos ossos do fóssil de um T. rex foram
encontrados em Montana por um grupo de pesquisadores do Museu Burpee de
História Natural da cidade de Rockford. A princípio acreditou-se que poderia
ser um possível Nanotyrannus, mas se descobriu depois que esse exemplar também
era apenas outro jovem T. rex. Esse espécime, apelidado de
"Jane", está atualmente em exibição no Museu Burpee de Rockford.
Em março de 2005, através da revista Science,
a pesquisadora Mary Higby Schweitzer e seus assistentes, da Universidade
Estadual da Carolina do Norte, anunciaram que haviam encontrado uma espécie de
tecido mole extraído do tutano da pata de um fóssil de T. rex que havia
vivido a cerca de 67 milhões de anos, e o novo espécime recebeu o código MOR
1125. Além do tecido, também foi possível extrair material que pertencia aos
vasos sanguíneos. Os pesquisadores foram cuidadosos afirmando que não conheciam
o processo de fossilização pela qual o material tinha sido conservado, e também
divulgaram que não havia modo de ter certeza de que ele pertencia de fato
àquele T. rex, já que o material era semelhante ao DNA de avestruzes
atuais. A falta de células em boas condições tornou impossível o preciso
reconhecimento da espécie a qual pertencia aquele material, mas hoje é consenso
entre a comunidade científica que a amostra não poderia pertencer ao T. rex devido
à diferença nas marcas de decomposição do material e dos ossos, indicando que
suas idades seriam totalmente diferentes, e mesmo que a amostra pertencesse de
fato a um T. rex ela não teria nenhuma utilidade devido a seu péssimo
estado de conservação.
Em 7 de abril de 2006, pesquisadores da
Universidade Estadual de Montana divulgaram que haviam montado um crânio de T.
rex encontrado em 1960 que tinha cerca de 1,5 m de circunferência, e que
esse crânio também continha uma pequena quantidade de material celular
fossilizado semelhante àquele documentado por Mary Higby Schweitzer, mas que o
mal estado de conservação tornava impossível a especificação do animal dono do
tutano. Atualmente, há mais de trinta espécimes de Tyrannosaurus documentados,
quase todos sendo fósseis remontados em ótimas condições de conservação.
Taxonomia
Cladograma dos Terópodes (Theropoda). Esqueletos de Scott Hartman |
A classificação desse animal seria a seguinte, existe apenas uma espécie de Tyrannosaurus,
o Tyrannosaurus rex pertence ao gênero Tyrannosaurus, pertence a subfamília tyrannosaurinae, a família tyrannosauridae, dentro da superfamília
tyrannosauroidea, incluído em tetanurae e na subordem dos terópodes
(Theropoda). É um animal que fica na ordem dos Dinossauros
(Dinosauria), que se encontra em Archosauria. Pertence aos Repteis (Reptilia).
Faz parte do Filo Chordata e do Reino Animalia.
Cladograma dos Arcossauros (Archosauria). Esqueletos de Scott Hartman. |
Anatomia
Incrível representação de um Rex em vida. Arte de Fred the Dinosaurman. |
O Tyrannosaurus rex é um dinossauro que
se caracteriza por ter sido um dos maiores carnívoros terrestres conhecidos,
chegando a quase 13 m de comprimento, da ponta do focinho até a ponta da cauda, 4 a
5 m de altura até o quadril e podia ter um peso que variava de 6 a 10 toneladas, mais do que grande parte dos animais terrestres atuais, como o
elefante-africano (Loxodonta africanus) ou a girafa (Giraffa
camalopardalis):
T. rex comparado com um Leão, um Elefante-africano, uma Girafa e um Humano. Arte de DinoChecker. |
Antigamente pensava-se que esse animal
conseguia chegar a velocidades relativamente altas, entre 50 e 70 Km/h.
Entretanto, com vários estudos sobre esse animal, principalmente usando modelos
computadorizados, sabemos que ele podia alcançar uma velocidade que oscilava entre 18 e 20 Km/h, ou seja,
até uma pessoa podia correr mais que um T. rex adulto.
Pesquisas recentes indicam que o QE (quociente encefálica), que é uma medida simples usado pelos cientistas para estimar a inteligência de um animal e pela medida do tamanho relativo do cérebro comparada ao tamanho do corpo, e se sabe que um T. rex era de 2,0 a 2,4; para ter uma ideia, o nosso QE é cerca de 7,5; o dos golfinhos varia entre 4,0 e 4,5; o dos chimpanzés fica por volta de 2,2 a 2,5; o dos cachorros e gatos na faixa de 1,0 a 1,2; e dos camundongos e ratos fica em torno de mísero 0,5. Vendo estes números, pode-se dizer que o T. rex era mais ou menos tão inteligente quanto um chimpanzé, e mais inteligentes que cães e gatos. Isso corresponde a uma inteligência muito maior do que a média dos dinossauros.
Imagem digital de um cérebro de um T. rex. |
Pesquisas recentes indicam que o QE (quociente encefálica), que é uma medida simples usado pelos cientistas para estimar a inteligência de um animal e pela medida do tamanho relativo do cérebro comparada ao tamanho do corpo, e se sabe que um T. rex era de 2,0 a 2,4; para ter uma ideia, o nosso QE é cerca de 7,5; o dos golfinhos varia entre 4,0 e 4,5; o dos chimpanzés fica por volta de 2,2 a 2,5; o dos cachorros e gatos na faixa de 1,0 a 1,2; e dos camundongos e ratos fica em torno de mísero 0,5. Vendo estes números, pode-se dizer que o T. rex era mais ou menos tão inteligente quanto um chimpanzé, e mais inteligentes que cães e gatos. Isso corresponde a uma inteligência muito maior do que a média dos dinossauros.
Estrutura muscular de um Rex. Arte de RJ Palmer. |
Esse animal tinha um corpo musculoso. Alguns
dos estudos usando modelos computadorizados revelam que ele podia ter uma
potente mordida e calcularam que ela podia superar os 13.400 newtons (equivale
a aproximadamente 1,3 Toneladas, 1.360 Kg, de força) a 15.00 newtons (equivalente
a 1,6 Toneladas, 1.529 Kg, de força), para ter uma ideia um humano (Homo
sapiens sapiens) tem uma força de 80 Kg, com os molares, como máximo e um
leão (Panthera leo) tem aproximadamente 430 Kg, ele realmente era um
pesadelo para animais como o Triceratops horridus e Edmontosaurus
ennectens, que serviam de alimento para esse grande animal. Algo
interessante é que há vários fosseis desses animais com marcas de mordida
feitas por Tyrannosaurus. Sua mandíbula tinha um ângulo de abertura
maxilar máxima de 80°.
Seus braços eram musculosos e se calcula que
podiam levantar cerca de 200 Kg, mas considerando os outros músculos os braços
poderiam talvez superar isso. Suas pernas também eram bem musculosas e esses
podiam suportar um peso entre 8 e 9 toneladas, o peso máximo de um T. rex.
Além disso, ele tinha dentes enormes de 30 cm
que eram maiores que uma banana e tinham serrilhas, esses dentes possuíam
heterodontia (quando os dentes são diferentes em formato e tamanhos dependendo
do local da boca), e eram perfeitos moedores de ossos, pois é um dos poucos
tyrannosaurídeos capazes de quebrar ossos e rasgar a carne. Esse animal
consumia umas 500 libras (aproximadamente 226,796 Kg) de carne numa mordida.
Em seu esqueleto pode-se observar que seu
pescoço era curto e em forma de S, essa possuindo 6 vértebras, poucas
considerando que o resto de seu corpo podia ter ate 58 vértebras.
Desenho do esqueleto de Sue. Arte de Scott Hartman. |
Seus braços eram curtos em comparação ao resto
de seu corpo, medindo 80 cm, possuindo um úmero de 16 polegadas (40,6 cm), uma
ulna e um radio de 8 polegadas (20,3 cm) e mãos que terminavam em dois dedos
(na verdade seriam três, mas o terceiro digito, ou dedo, era atrofiado então
não era visível quando o animal estava vivo), que terminavam em duas garras
curvas, esses dedos mediam quase o mesmo que a ulna e o radio, 8 polegadas. Os ossos de suas extremidades anteriores eram
bem grandes em comparação ao seu corpo, e terminavam em patas largas e garras
curvas bem grandes. Algo interessante de sua calda era que ela podia
chegar a ter 40 vértebras, ela era tão grande para fazer contrapeso com sua
enorme cabeça que a maior conhecida podia chegar a 1,5 m.
Estrutura corporal de um Rex. |
Com relação a sua pele esteve sempre em debate
se ela era totalmente escamosas ou se possuíam também algum tipo de plumagem, pois alguns parentes próximos, como Yutyrannus e Dilong, tinham o corpo cobertos por penas.
Com relação a isso não há provas concretas e diretas ainda que este terópode possuía penas além de escamas, pois os únicos fosseis de pele que se conhece do T. rex preservaram apenas escamas, isso também para alguns parentes próximos como o Gorgosaurus libratus e Tarbosaurus bataar.
É provável que tenha tido algum tipo de pena simples em alguns pontos específicos que talvez não fossem tão úteis na idade adulta.
Ilustração de um Dilong, um pequeno parente do T. rex. |
Com relação a isso não há provas concretas e diretas ainda que este terópode possuía penas além de escamas, pois os únicos fosseis de pele que se conhece do T. rex preservaram apenas escamas, isso também para alguns parentes próximos como o Gorgosaurus libratus e Tarbosaurus bataar.
Fóssil da pele do T. rex. |
É provável que tenha tido algum tipo de pena simples em alguns pontos específicos que talvez não fossem tão úteis na idade adulta.
T. rex de Saurian. Arte de LittleBaardo. |
Curiosidades adicionais
T. rex de Jurassic World Fallen Kingdom. Propriedade de Universal Studius e Amblin entertainment |
Varias das características do Tyrannosaurus
dos filmes do Jurassic Park são inventadas, como a sua velocidade, onde no
filme diz que podia correr a 50 Km/h, na realidade ele mal superava os 20 Km/h,
como já mencionado. Outro exemplo é que no filme o Dr. Alan Grant diz que o T.
rex tem a visão baseada em movimento, mas na verdade sua visão era superior
à humana.
É provável que você
tenha ouvido falar ou tenha visto algum meme como este sobre os pequenos braços
do T. rex, alguns dizendo que são inúteis, frágeis e fracos. Na verdade,
esses bracinhos tinham uma força superior a de um braço humano, e provavelmente
eram usados para agarrar presas.
Antigamente as pessoas tinham em mente algo diferente do atual com relação aos filhotes de T. rex, pois eram vistos como pequenos dinossauros com focinho curto e achatado e um corpo relativamente magro, como o representado no segundo filme da franquia Jurassic Park:
Jovem Rex de The Lost World: Jurassic Park. Arte de Joey Orosco. |
Mas os crânios fosseis de Tyrannosaurus jovens que se conhecem tem um focinho longo, fino e, no geral, um corpo ágil e magro, muito diferente dos adultos de varias toneladas.
Admiro demais seu trabalho e dedicação. Professora Natália
ResponderExcluirINCRIVEL
ResponderExcluir