sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Tyrannosaurus rex, o rei tirano


 O Tyrannosaurus é o dinossauro mais famoso por conta de seu tamanho e ferocidade. Sua fama cresceu durante os anos, e Jurassic Park foi de grande ajuda para isso, assim como vimos no post que fiz desse animal do universo Jurassic Park/World. Ele ficou tão popular que em quase todos os logos de Jurassic Park e World tem ele como protagonista:


 O T. rex é um dos dinossauros mais estudados e conhecidos pelos cientistas, e por conta disso sabe-se muito sobre ele.

Localização e paleoecologia

Representação dos países onde esse animal viveu em laranja e os que ele provavelmente
 viveu em amarelo.

 Esse grande predador viveu onde hoje é a América do Norte, principalmente ao oeste Americano, desde o norte do Canadá ao sul dos EUA, e provavelmente no norte do México. Viveu no Cretáceo tardio, ou superior, entre 68 e 66 milhões de anos, no Maastrichtiano. Nessa época a América do Norte era um ambiente com um clima mais tropical e com muitas florestas e com planícies aluviais.

Um Tyrannosaurus descansando numa floresta do final do Cretáceo. Arte de Max B.

Viveu em um ecossistema bem diverso de dinossauros onde hoje é a Formação Hell Creek, convivendo assim junto à vários outros dinossauros como o esquisito e banguela oviraptorossauro Anzu, o perigoso e astuto dromaeosaurídeo Dromaeosaurus, o inteligente troodontídeo Troodon, o ceratopsiano com chifres Triceratops, o ornitópode bico-de-pato Edmontosaurus, o pequeno mamifero Didelphodon, o crocodilo Borealosuchus, o veloz ornithomimídeo Ornithomimus, o thyreophoro de armadura Ankylosaurus, o pachycephalosaurídeo cabeçudo Pachycephalosaurus, entre outros, e o T. rex estava no topo da cadeia alimentar dessa região.

Cadeia alimentar, no caso em forma de pirâmide, da formação Hell Creek.
 Está imagem foi produzida por mim.

 À uns 65 milhões de anos o planeta era mais ou menos assim:


Mapa do planeta há 66 milhões de anos.

Nomenclatura

CINZ (Código Internacional de Nomenclatura Zoologica)

 O nome do gênero, Tyrannosaurus, significa: "lagarto tirano", e vem da junção do latim Tyrannus, que significa tirano, e Saurus, que significa lagarto. O epíteto especifico, rex, significa, em latim: "rei", então o nome da espécie significa: "lagarto tirano rei" ou "rei lagarto tirano".  Tyrannosaurus rex não foi o único nome que esse animal teve alguns dos primeiros nomes dados a esse animal foram Manospondylus gigas, em 1874 por Edward Drinker Cope, e Dynamosaurus imperiosus, em 1900 por Barnun Brown, mas desde inícios dos anos 1900 são considerados como sinônimos de Tyrannosaurus rex (no próximo tópico será abordado mais este assunto).

Restos associados a Manospondylus gigas.
Restos associados a Dynamosaurus imperiosus.

 Outros restos de terópodes que foram encontrados na mesma região do T. rex continuam sendo propostos como novas espécies de Tyrannosaurus, como é o caso do Aublysodon e o Albertosaurus medagracilis, mas esses restos fosseis são considerados como exemplares jovens de T. rex, assim como acontece com o Nanotyrannus. Ainda continua o debate sobre a classificação do Nanotyrannus lancensis como um T. rex, pois alguns cientistas apontam pequenas diferenças entre os dois seres, defendendo que o Nanotyrannus deva ser classificado como uma espécie distinta, mas a comunidade cientifica atualmente considera que as evidencias disponíveis ate agora não são suficientes para um total consenso.

 Várias espécies propostas como novas já apareceram, todas elas consideradas invalidas e a única considerada valida é Tyrannosaurus rex, abaixo lhes deixo uma lista com estas espécies: 

T. amplus (Marsh, 1892), que foi originalmente chamada de Aublysodon, hoje parte da família do Aublysodon amplus.

T. imperiosus (Osborn, 1905), originalmente Dynamosaurus, hoje aceito como um espécime de T. rex.

T. lancensis (Gilmore, 1946), originalmente considerado como um , hoje aceito como um possível T. rex, o Nanotyrannus.

T. bataar (Maleev, 1955), antigamente considerado uma possível espécie independente do T. rex asiático, agora conhecido como Tarbosaurus bataar.

T. efremovi (Maleev, 1955), hoje também aceita como possível T. bataar.

T. lancinator (Maleev, 1955), classificado originalmente como Gorgosaurus, hoje também aceito como um possível T. bataar.

T. novojilovi (Maleev, 1955), originalmente Gorgosaurus, hoje visto como um possível T. bataar.

T. torosus (D. A. Russell, 1970), hoje considerado como Daspletosaurus.

T. lanpingensis (Yeh, 1975), hoje também aceito como um possível T. bataar.

T. turpanensis (Zhai, Zheng & Tong, 1978), hoje visto como um possível T. bataar.

T. luanchuanensis (Dong, 1979), hoje aceito como Tarbosaurus luanchuanensis.

T. megagracilis (Paul, 1988), originalmente Albertosaurus, hoje visto como um possível T. rex.

T. gigantus (1990), hoje aceita como um espécime de T. rex.

T. stanwinstonorum (Pickering, 1995), hoje aceito como um espécime de T. rex.

Descoberta

Desenho do esqueleto de um Tyrannosaurus do inicio de século XX.

 Quase todos os fosseis de T. rex foram achados na América do norte. O primeiro achado referente a esta espécie ocorreu em 1874, quando foram achados dentes que posteriormente descobriu-se que eram de um exemplar adulto de T. rex. E em 1890, o pesquisador J. B. Hatcher coletou pedaços do crânio de um Tyrannosaurus adulto em Wyoming, EUA, mas pensou inicialmente que pertenciam a um Ornithomimus. Já em 1892, o famoso paleontólogo Edward Drinker Cope encontrou uma vertebra incompleta de uma espécie ate então não documentada, chamando-a de Manospondylus gigas. Barnum Brown, funcionário do Museu Americano de Historia Natural e excêntrico cientista, encontrou diferentes partes de um Tyrannosaurus em 1900 também em Wyoming. Pensando que era uma nova espécie, Brown o nomeou de Dynamosaurus imperiosus.

Retrato de Barnum Brown.

 Como passar do tempo, as evidencias mostraram que as duas espécies novas encontradas anteriormente, Manospondylus gigas e Dynamosaurus imperiosus, eram na verdade o mesmo animal, isso segundo a teoria de Henry Fairfield Osborn, ou apenas Osborn, que em 1915 remontou o primeiro fóssil do animal que chamou de Tyrannosaurus rex, exibindo-o ao publico em 1917, entretanto devido às más condições que estava o fóssil do Manospondylus, não houve como provar totalmente que eles pertenciam à mesma espécie. Osborn também havia criado o nome Tyrannosaurus rex para denominar um novo fóssil que tinha descoberto em suas escavações, e ao exibir para o publico, as semelhanças entre seu fóssil e os outros dois anteriores, provou sua teoria de que esses três pertenciam à mesma espécie, e o nome Tyrannosaurus foi adotado para referir-se a única espécie deste gênero, assim seguindo a proposta de Osborn.

Retrato de Henry Fairfield Osborn.

 Com relação à nomenclatura dessa espécie voltou a ser debatidas décadas depois, quando em 2001 o Instituto Black Hills desentranhou vários ossos diferentes no território do estado americano de Dakota do Sul, e os pesquisadores originalmente pensaram que eram dois espécimes diferentes, e publicaram que uma delas tinha as características do Manospondylus de Cope e que isso poderia ser uma prova de que essa era uma nova espécie independente do Tyrannosaurus. Entretanto, estudos posteriores pertenciam a um animal, mas mesmo com isso o debate sobre a nomenclatura oficial prosseguiu, pois os funcionários do Black Hills insistiam que de acordo com as regras do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN), o termo Manospondylus deveria ter preferencia por ter sido criado antes, mas após a quarta conferencia da ICZN, que foi realizada em 1 de Janeiro de 2001, foi decidido que não deveria haver alteração alguma na nomenclatura, pois Manospondylus não tinha sido usado em nenhum tipo de trabalho  ou pesquisa posterior a 1899, e por isso o termo Tyrannosaurus continuou sendo a designação da espécie, sendo também recusado as propostas dos nomes Stygivenator e Dinotyrannus como nomes não oficiais.

Crânio associado ao Nanotyrannus lancensis.


 Entre 1920 e 1940, dezenas de esqueletos de T. rex foram descobertos e remontados, e em 1942, no estado americano de Montana, foram descobertos restos de um animal chamado de Nanotyrannus lancensis, envolto de um longo debate sobre sua espécie, pois enquanto alguns pesquisadores afirmam que este animal é uma nova espécie de tyrannosaurídeo, a maioria da comunidade cientifica afirma que, por conta dos poucos fosseis desse animal, ele deve ter sido apenas um jovem T. rex, em vez de uma nova espécie.

 Após esta fase fértil de descobertas, os fósseis de Tyrannosaurus tornaram-se raros, mas após o surgimento de técnicas de escavações mais eficientes muitos outros esqueletos foram encontrados e remontados. O primeiro T. rex reconstruído após 1980 foi BHI 3033, e foi apelidado de "Stan" como uma referencia a paleontólogo Stan Sacrison. Esse fóssil foi encontrado próximo à cidade americana de Buffalo, que fica em Dakota do Sul, depois de quase três anos e meio de escavação em 1987. Esse Rex está atualmente em exibição no Museu Black Hills de Historia Natural, colocado apos uma grande turnê mundial, sendo que apenas cerca de 65% do corpo tenha sido achado.

Esqueleto de Stan no Museu Black Hills de Historia Natural.

 Em 12 de agosto de 1990, Sue Hendrickson descobriu um novo fóssil na cidade de Faith, na mesma região onde Stan foi achado, na Dakota do Sul. Esse novo animal foi apelidado de "Sue" (seu código cientifico é FMNH PR2081) em homenagem a pessoa quem a descobriu, sendo considerada o maior fóssil de T. rex encontrado e remontado ate hoje, com mais de 90% do corpo recuperado. Este novo fóssil acabou se tornando alvo de uma batalha sobre quem realmente era o "dono" do fóssil, e os tribunais decidiram a favor de Maurice Williams, o dono da Formação Hell Creek, local onde foram encontrados os fosseis foram descobertos. Posteriormente, Williams vendeu o fóssil por $7.600,00 dólares para o Museu Field de Historia Natural, onde está exibida atualmente. Estudos dos ossos de Sue indicam que ela atingiu seu maior tamanho aos 19 anos de idade e acabou morrendo aos 28 anos.

Esqueleto de Sue no Museu Field de Historia Natural.

 Alguns creem que Sue tinha morrido devido a uma mordida na parte superior da cabeça, que provavelmente ocorreu numa batalha com outro de sua espécie, no entanto, esta hipótese não é confirmada. Posteriormente surgiu a hipótese de que Sue morreu em decorrer de uma infecção parasitaria que contraiu após a ingestão de carne podre, inflamando assim a garganta e impossibilitando-a de alimentar-se. Essa hipótese é sustentada elos traços de vermes fossilizados encontrados nos ossos do pescoço, mesmos traços de animais que morrem devido à infecção atualmente.

 Em 2000, o famoso pesquisador Jack Horner encontrou 5 fósseis de Tyrannosaurus na Reserva Fort Peck, em Montana, foi apelidado de "C. rex", e Horner acreditou que era o maior Rex e que poderia ser maior ate do que o fóssil Sue, mas descobriu-se que o C. rex era uns 10% menor que Sue. Em 2001, 50% dos ossos do fóssil de um T. rex foram encontrados em Montana por um grupo de pesquisadores do Museu Burpee de História Natural da cidade de Rockford. A princípio acreditou-se que poderia ser um possível Nanotyrannus, mas se descobriu depois que esse exemplar também era apenas outro jovem T. rex. Esse espécime, apelidado de "Jane", está atualmente em exibição no Museu Burpee de Rockford.


Esqueleto de Jane Museu Burpee de Rockford.

 Em março de 2005, através da revista Science, a pesquisadora Mary Higby Schweitzer e seus assistentes, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, anunciaram que haviam encontrado uma espécie de tecido mole extraído do tutano da pata de um fóssil de T. rex que havia vivido a cerca de 67 milhões de anos, e o novo espécime recebeu o código MOR 1125. Além do tecido, também foi possível extrair material que pertencia aos vasos sanguíneos. Os pesquisadores foram cuidadosos afirmando que não conheciam o processo de fossilização pela qual o material tinha sido conservado, e também divulgaram que não havia modo de ter certeza de que ele pertencia de fato àquele T. rex, já que o material era semelhante ao DNA de avestruzes atuais. A falta de células em boas condições tornou impossível o preciso reconhecimento da espécie a qual pertencia aquele material, mas hoje é consenso entre a comunidade científica que a amostra não poderia pertencer ao T. rex devido à diferença nas marcas de decomposição do material e dos ossos, indicando que suas idades seriam totalmente diferentes, e mesmo que a amostra pertencesse de fato a um T. rex ela não teria nenhuma utilidade devido a seu péssimo estado de conservação.

 Em 7 de abril de 2006, pesquisadores da Universidade Estadual de Montana divulgaram que haviam montado um crânio de T. rex encontrado em 1960 que tinha cerca de 1,5 m de circunferência, e que esse crânio também continha uma pequena quantidade de material celular fossilizado semelhante àquele documentado por Mary Higby Schweitzer, mas que o mal estado de conservação tornava impossível a especificação do animal dono do tutano. Atualmente, há mais de trinta espécimes de Tyrannosaurus documentados, quase todos sendo fósseis remontados em ótimas condições de conservação.

Taxonomia

Cladograma dos Terópodes (Theropoda). Esqueletos de Scott Hartman

 A classificação desse animal seria a seguinte, existe apenas uma espécie de Tyrannosaurus, o Tyrannosaurus rex pertence ao gênero Tyrannosaurus, pertence a subfamília tyrannosaurinae, a família tyrannosauridae, dentro da superfamília tyrannosauroidea, incluído em tetanurae e na subordem dos terópodes (Theropoda). É um animal que fica na ordem dos Dinossauros (Dinosauria), que se encontra em Archosauria. Pertence aos Repteis (Reptilia). Faz parte do Filo Chordata e do Reino Animalia.

Cladograma dos Arcossauros (Archosauria). Esqueletos de Scott Hartman.


Anatomia

Incrível representação de um Rex em vida. Arte de Fred the Dinosaurman.

 O Tyrannosaurus rex é um dinossauro que se caracteriza por ter sido um dos maiores carnívoros terrestres conhecidos, chegando a quase 13 m de comprimento, da ponta do focinho até a ponta da cauda, 4 a 5 m de altura até o quadril e podia ter um peso que variava de 6 a 10 toneladas, mais do que grande parte dos animais terrestres atuais, como o elefante-africano (Loxodonta africanus) ou a girafa (Giraffa camalopardalis):

T. rex comparado com um Leão, um Elefante-africano, uma Girafa e um Humano. Arte de DinoChecker.

 Antigamente pensava-se que esse animal conseguia chegar a velocidades relativamente altas, entre 50 e 70 Km/h. Entretanto, com vários estudos sobre esse animal, principalmente usando modelos computadorizados, sabemos que ele podia alcançar uma velocidade que oscilava entre 18 e 20 Km/h, ou seja, até uma pessoa podia correr mais que um T. rex adulto.


Imagem digital de um cérebro de um T. rex.

 Pesquisas recentes indicam que o QE (quociente encefálica), que é uma medida simples usado pelos cientistas para estimar a inteligência de um animal e pela medida do tamanho relativo do cérebro comparada ao tamanho do corpo, e se sabe que um T. rex era de 2,0 a 2,4; para ter uma ideia, o nosso QE é cerca de 7,5; o dos golfinhos varia entre 4,0 e 4,5; o dos chimpanzés fica por volta de 2,2 a 2,5; o dos cachorros e gatos na faixa de 1,0 a 1,2; e dos camundongos e ratos fica em torno de mísero 0,5. Vendo estes números, pode-se dizer que o T. rex era mais ou menos tão inteligente quanto um chimpanzé, e mais inteligentes que cães e gatos. Isso corresponde a uma inteligência muito maior do que a média dos dinossauros. 

Estrutura muscular de um Rex. Arte de RJ Palmer.

 Esse animal tinha um corpo musculoso. Alguns dos estudos usando modelos computadorizados revelam que ele podia ter uma potente mordida e calcularam que ela podia superar os 13.400 newtons (equivale a aproximadamente 1,3 Toneladas, 1.360 Kg, de força) a 15.00 newtons (equivalente a 1,6 Toneladas, 1.529 Kg, de força), para ter uma ideia um humano (Homo sapiens sapiens) tem uma força de 80 Kg, com os molares, como máximo e um leão (Panthera leo) tem aproximadamente 430 Kg, ele realmente era um pesadelo para animais como o Triceratops horridus e Edmontosaurus ennectens, que serviam de alimento para esse grande animal. Algo interessante é que há vários fosseis desses animais com marcas de mordida feitas por Tyrannosaurus. Sua mandíbula tinha um ângulo de abertura maxilar máxima de 80°.



 Seus braços eram musculosos e se calcula que podiam levantar cerca de 200 Kg, mas considerando os outros músculos os braços poderiam talvez superar isso. Suas pernas também eram bem musculosas e esses podiam suportar um peso entre 8 e 9 toneladas, o peso máximo de um T. rex.
 

 Além disso, ele tinha dentes enormes de 30 cm que eram maiores que uma banana e tinham serrilhas, esses dentes possuíam heterodontia (quando os dentes são diferentes em formato e tamanhos dependendo do local da boca), e eram perfeitos moedores de ossos, pois é um dos poucos tyrannosaurídeos capazes de quebrar ossos e rasgar a carne. Esse animal consumia umas 500 libras (aproximadamente 226,796 Kg) de carne numa mordida.


 Em seu esqueleto pode-se observar que seu pescoço era curto e em forma de S, essa possuindo 6 vértebras, poucas considerando que o resto de seu corpo podia ter ate 58 vértebras.

Desenho do esqueleto de Sue. Arte de Scott Hartman.

 Seus braços eram curtos em comparação ao resto de seu corpo, medindo 80 cm, possuindo um úmero de 16 polegadas (40,6 cm), uma ulna e um radio de 8 polegadas (20,3 cm) e mãos que terminavam em dois dedos (na verdade seriam três, mas o terceiro digito, ou dedo, era atrofiado então não era visível quando o animal estava vivo), que terminavam em duas garras curvas, esses dedos mediam quase o mesmo que a ulna e o radio, 8 polegadas. Os ossos de suas extremidades anteriores eram bem grandes em comparação ao seu corpo, e terminavam em patas largas e garras curvas bem grandes. Algo interessante de sua calda era que ela podia chegar a ter 40 vértebras, ela era tão grande para fazer contrapeso com sua enorme cabeça que a maior conhecida podia chegar a 1,5 m.

Estrutura corporal de um Rex.

 Com relação a sua pele esteve sempre em debate se ela era totalmente escamosas ou se possuíam também algum tipo de plumagem, pois alguns parentes próximos, como Yutyrannus e Dilong, tinham o corpo cobertos por penas.


Ilustração de um Dilong, um pequeno parente do T. rex.

 Com relação a isso não há provas concretas e diretas ainda que este terópode possuía penas além de escamas, pois os únicos fosseis de pele que se conhece do T. rex preservaram apenas escamas, isso também para alguns parentes próximos como o Gorgosaurus libratus e Tarbosaurus bataar.


Fóssil da pele do T. rex.

 É provável que tenha tido algum tipo de pena simples em alguns pontos específicos que talvez não fossem tão úteis na idade adulta.

T. rex de Saurian. Arte de LittleBaardo.

Curiosidades adicionais

T. rex de Jurassic World Fallen Kingdom.
Propriedade de Universal Studius e Amblin entertainment

 Varias das características do Tyrannosaurus dos filmes do Jurassic Park são inventadas, como a sua velocidade, onde no filme diz que podia correr a 50 Km/h, na realidade ele mal superava os 20 Km/h, como já mencionado. Outro exemplo é que no filme o Dr. Alan Grant diz que o T. rex tem a visão baseada em movimento, mas na verdade sua visão era superior à humana.


 É provável que você tenha ouvido falar ou tenha visto algum meme como este sobre os pequenos braços do T. rex, alguns dizendo que são inúteis, frágeis e fracos. Na verdade, esses bracinhos tinham uma força superior a de um braço humano, e provavelmente eram usados para agarrar presas.


 Antigamente as pessoas tinham em mente algo diferente do atual com relação aos filhotes de T. rex, pois eram vistos como pequenos dinossauros com focinho curto e achatado e um corpo relativamente magro, como o representado no segundo filme da franquia Jurassic Park:

Jovem Rex de The Lost World: Jurassic Park. Arte de Joey Orosco.

 Mas os crânios fosseis de Tyrannosaurus jovens que se conhecem tem um focinho longo, fino e, no geral, um corpo ágil e magro, muito diferente dos adultos de varias toneladas.

Jovem T. rex do jogo Saurian. Arte de RJ Palmer.

  


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